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O Passo da Montanha

15,00 €

Há muito que o Oriente fascina Adalberto Alves. O Oriente ou os Orientes!
Não é de admirar, pois, que mais cedo ou mais tarde se desse o seu encontro profundo com a poesia japonesa.


Esta obra, intitulada «O Passo da Montanha», contendo cento e muitos haikus (ou poemas influenciados pela poesia haiku) revela-nos a concretização desse encontro.
É o poeta que nos confessa como o Oriente faz parte de si mesmo e da sua vida:

                  ah bambu, ah palmeira,
                  deuses dos meus sonhos,
                  assombrações da vida.


A forma poética designada «haiku» ou «haikai», tradicionalmente usada pelos japoneses, tem conquistado, progressivamente, o interesse dos ocidentais.
O haiku, apesar da sua brevidade e concisão, abre-se num leque de sugestões que permitem dar asas à imaginação e transportar-nos para variados horizontes. Ele tem o poder de provocar no leitor uma intensa emoção ou uma súbita surpresa.
A escrita do haiku é uma prática exemplar de depuração. Em três versos apenas (e, segundo as regras clássicas da poesia japonesa em 17 sílabas) o poeta deve expressar o que pretende transmitir por palavras simples e num estilo despretencioso.
Inicialmente, o haiku expressava a íntima ligação do poeta à Natureza mas, a pouco e pouco, foi englobando outros temas e outros sentimentos.
Todavia, a Natureza continua a ser a presença mais forte nesta forma poética.
Muitos haikus têm a sua origem no breve instante em que a vitalidade da Natureza impressionou o poeta, atingindo-o profundamente.
Nos haikus de Adalberto Alves, encontramos temas variados, mas a Natureza ocupa um lugar de relevo.

                                   brilha o sol.
                                  até o salgueiro chorão
                                   sorri por entre lágrimas.


O poeta chega a reverenciar a Natureza como divindade:

                                  ajoelho-me como em prece
                                  dobrando-me no solo.
                                  por ti, Divina Natureza.


Mas outros temas surgem à medida que penetramos n’«O Passo da Montanha».
O silêncio, a solidão, a morte, a vida, a compaixão, o passado, a saudade e muitos outros. Por vezes, embora raramente, aflora o humor:

                                 inconformado,
                                o dente queixa-se
                                da grainha do figo.


É na solidão e no silêncio que o poeta de haiku é invadido pela presença da Natureza ou pela sua própria presença.

                                    estou completamente só!
                                    os meus versos são a casa.
                                    fico a ouvir o que me dizem.


A procura da simplicidade e o gosto da solidão e do silêncio revelam a influência da filosofia Zen. Também a teoria do imutável-efémero, que está na base da doutrina estética de Matsuo Bashô, o grande mestre do haiku (1644-1694), é um contributo do pensamento budista.
Esta teoria ou modo de ver o mundo e a vida procede da consciência de que, para lá da vida e de todas as coisas, há algo de imutável que permanece através dos tempos. Nas mudanças, facilmente observáveis na Natureza, verifica-se que algo permanece ou se repete. Diz-nos o autor:

                                 as ervinhas reverdecem
                                 sob a tempestade inclemente.
                                 o estio as secará com sua brasa.


Mas sabemos que, no rodar das estações, algo permanecerá.
Em outro haiku, podemos ler:

                                    as cigarras não param.
                                    serram a tarde com seu canto.
                                    uma eternidade soa em mim.


Observando e sentindo a Natureza, o poeta apercebe-se do efémero e do mutável, apercebe-se da harmonia entre as leis que a regem.
O ideal de muitos poetas de haiku é atingir uma harmonia interior que seja reflexo da harmonia pressentida na Natureza.
Cada haiku é uma centelha. Mais brilhante ou mais discreto, mais intenso ou mais subtil, mais irradiante ou mais interiorizado, o haiku transporta sempre um fio de luz que, por breves instantes ou por longo tempo, ilumina quem o lê. O fascínio do haiku conquista cada vez mais adeptos e mais entusiastas pela prática ou pela leitura desta forma poética legada pelo Oriente.
Que o fulgor deste novo livro de Adalberto Alves ilumine os seus leitores!
                                           

 Leonilda Alfarrobinha

Ano de edição: 2019

Formato: 14,5x19,5

Encadernação: capa mole com badanas

Páginas: 160 a 1 cor

Classificação: Outros Temas

 

O Passo da Montanha

 
 
     
 

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